Como admiradora da Cultura popular, cordelista e aposentada, agora encontro tempo para mostrar ao mundo e, em especial, aos jovens o prazer da elaboração de um folheto de cordel.Brincando com as palavras,trocando a ordem delas no verso é uma forma de facilitar o encontro da perfeição das rimas.
LITERATURA DE CORDEL
Literatura, no sentido restrito, é a língua usada com o intuito de produzir arte, criar o belo, organizar e usar as palavras de uma forma especial que desperte no leitor a emoção.
O aparecimento da Literatura de Cordel está ligado à divulgação de histórias tradicionais, narrativas de velhas épocas, que a memória popular foi registrando e transmitindo. Inicialmente, usava-se a oralidade que deu lugar às cópias manuscritas e, com a chegada da imprensa, ela ganha uma forma impressa.
O nome “cordel” derivou da forma de venda, expostos, pendurados em cordões. O seu conteúdo (romances ou novelas de cavalaria, de amor, de narrativas de guerra ou conquistas marítimas) agradava não apenas aos simples, mas até reis e sábios .
Os versos na Literatura de Cordel, segundo Ariano Suassuna, estão divididos em vários grupos: Ciclos heróico, trágico e épico; fantástico e do maravilhoso: cômico, satírico, picaresco; histórico e circunstancial; do amor e da fidelidade; heróico e obsceno; político e social; pelejas e desafios; religioso e de moralidades.
O agrupamento de versos forma uma estrofe que, no cordel, podem ser encontrados com seis (sextilhas), sete (setilhas) ou dez versos.
A métrica é a arte que ensina os elementos à feitura de versos medidos. É um sistema de versificação particular a um poeta. É a contagem de sílabas de um verso. Para medi-las, devemos juntar as palavras em número prefixado de pés. Chama-se uma sílaba métrica de pé.
INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA UMA ELABORAÇÃO DO CORDEL
Com uma folha de papel ofício, faz-se o folheto dobrando-a em quatro partes.
Na capa, recomenda-se xilogravura, desenho com grafite ou caneta esferográfica de tinta preta ou mesmo carvão vegetal fino. A gravura deve representar o conteúdo do folheto. Na próxima folha, inicia-se o poema, a partir do título. Pode enumerar as páginas. No final do poema, anota-se o local e a data com o nome do autor abaixo. No anverso da última folha, faz-se uma pequena biografia.
MATERIAL PARA PRODUÇÃO DE UM CORDEL
Tesoura, régua, folhas de papel ofício, lápis grafite, caneta preta, grampeador e o uso da imaginação.
BOA SORTE!
Brincando de produzir cordel
Num momento como este
Tudo pode acontecer
Juntando vários alunos
Pra uma boa leitura obter
Consegue-se um resultado
Que vai nos surpreender.
São meninos e meninas
Com vontade de brincar
Vê-se nos olhos deles
Que também querem estudar
É só se ter paciência
E nem tudo escutar.
O que também prevalece
No momento observado
É a curiosidade
Pelo bem apresentado
Fica fácil de entender
O texto que foi formado.
Formaram diversos textos
Exporam seus pensamentos
Mostrando que suas histórias
Com cada ensinamento
Formavam um belo registro
Valorizando o momento.
Eu fiquei muito feliz
Com o resultado obtido
Aquilo que almejei
Do projeto foi mantido
A Deus quero agradecer
O sucesso obtido.
Muito obrigada a todos que participaram do Projeto Oficina de Cordel nas Escolas.
Nelcimá Morais / 2009.
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