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quarta-feira, 9 de julho de 2008

Um cordel sobre leitura


UM CORDEL SOBRE LEITURA[César Obeid


Vou armar esse cordel
De um jeito diferente
Pois eu já falei de fábulas
Ou então do sertão quente
De livros eu falo agora
Monto rimas sem demora
Ofereço esse presente.

Livros em bibliotecas
De bairros ou escolares
Livros em casa de pobre
Ou de quem come manjares
O dinheiro não importa
Que agora eu abro a porta
Livros em todos lugares.

Quero livros na estante
Ou então na cabeceira
Quero livros na cozinha
Livro sério ou brincadeira
Livro caro ou barato
Na cidade ou no mato
Menos livro na fogueira.

Livro existe com leitura
Cada página, uma história
Livro existe se contado
Com ou sem dedicatória
Fino, grosso, grosso ou fino
Para adulto ou menino
Ler um livro é uma vitória.

Livro de intelectual
Às vezes comprado em sebo
Com as páginas amarelas
Cada fungo ali percebo
Quero essa informação
Dentro do meu coração
Tudo lendo eu recebo.

Quero mais que alfabeto
Mais do que abecedário
Quero ver cada leitor
Dizendo: - Eu já sou páreo
Pois eu tenho a leitura
Com toda desenvoltura
Dentro do meu calendário.

Livros de todos os gêneros
Pra leitura ter a chance
Só não vai ler quem não quer
Aprofunde o relance
Terror ou contos de fadas
Belas páginas ilustradas
Pros amantes tem romance.

Leitura, grande universo
Seja prosa ou poesia
Ao ganharmos um leitor
O mundo sente alegria
Leitura é arte pura
Pois um povo sem leitura
É como um cego sem guia.

Seja ela feita oral
Seja introspectiva
Cada cidadão que lê
Deixa sua vida viva
Vem pra si todo talento
Por nenhum conhecimento
Do mundo ele se priva.

Pois narrando essa leitura
Eu produzo o arranjo
Sinto toque de viola
Clarinete, flauta e banjo
Afinal, o saber tinge
Que a leitura atinge
A criança e o marmanjo.

Pois contamos para o mundo
O quanto a leitura é grande
Peço a cada leitor
Vire a página e ande
Não cometa ladainhas
Caminhe em novas linhas
Novo universo expande.

Leitura é primordial
É quebrar sempre o jejum
Um leitor sempre ativo
Não é cidadão comum
Até a doença cura
Pois um povo sem leitura
Não vai a canto nenhum.

Faço uma comparação
Nessa estrofe eu aprumo
Para o caminho dos livros
Indico o certo rumo
Livro é calado e garganta
Leitura é como a planta
Rego, planto e consumo.

Livros são meus companheiros
São as flores do jardim
São suspenses, dores, vidas
Calmas, risos, estopim
Esse poeta revela
Eu nunca vivo sem ela
Ela não vive sem mim.

A leitura inicia
Pelos olhos da razão
E trespassa calmamente
No campo da intuição
Se pelos olhos começa
Pelo ouvido processa
E chega ao coração.

Meus amigos, parto já
Findo essa poesia
Termino o meu cordel
Com amor e alegria
O poeta vai embora
Mas, volta em outra hora
Adeus, até outro dia.
(Divulgado por Sueli Bortolin – Enviado para Infohome em 10/07/2006)

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