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sexta-feira, 13 de março de 2009

A POESIA POPULAR EM SANTA LUZIA

Esta que está sentada é Bené, a diretora do museu

Cordelista José Lacerda, também de nossa cidade.

Este é o Xexéu da Borborema, hoje comanda um programa de rádio com cantorias, em Sta. Luzia.



A cidade fica belíssima durante os festejos juninos. Tem um São João conhecido como o mais tranquilo do mundo.


Os poetas de Santa Luzia sabem muito bem representar a sua classe, mostrando que a facilidade nos versos, o espírito pronto e a inteligência viva são pontos ponderantes para a sua enorme popularidade. Nessa região, sertão paraibano, existem muitos poetas populares desenvolvendo a sua variedade de temas. Podemos citar entre eles:
MANÉ DE BIA – já bastante requisitado por pesquisadores - autor de inúmeros poemas, cantador de coco de embolada etc.
SEU BRAULINO – conhecido por Xexéu da Borborema, cantador de viola e cordelista também acumula vários anos de dedicação na poesia popular.
ANTÔNIO FRANCISCO – poeta popular, acumula vários textos, digitados, com temas diversos.
EDMON BATISTA – poeta popular e professor. Apaixonado pela rima, começou a escrever o seu pensamento como lazer, e hoje, já conclui 62 poemas. Também produziu um DVD, onde apresenta histórias de sua comunidade e de sua infância, pretendendo expor cada vez mais o seu trabalho.
Caboclo Hélio- cordelista e comanda um grupo de dança popular.
INÁCIO BOLA e tantos outros que não me foi possível chegar até eles.




Autorias femininas



O único registro de poesia popular escrito por mulheres foi um cordel de Judith Jovithe das Neves, natural de Santa Luzia – PB, morreu na década de quarenta e deixou um cordel intitulado “A Morte da Inditosa Maria barbaramente assassinada por Lino Goiaba”, poema composto de 85 estrofes de sextilhas com redondilha maior.



Apesar de inúmeras buscas, tentando descobrir as cordelistas de Santa Luzia, obtive pouco êxito. Existem aquelas poetisas que se especializam em fazer versos para serem transformados em grandes hinos políticos:
a senhora Rumana, que é bastante convidada para compor músicas, utiliza a poesia popular em benefício dos políticos, não só de sua cidade como também do vale do Sabugi. Devemos concluir que esta decisão não seria a ideal e nem a sua vontade, apenas não lhe foi oferecido espaço ou condições para a divulgação de seus trabalhos;
Clarice, sua irmã, com uma improvisação vastamente aflorada e mais de setenta anos de idade, ainda guarda na memória versos que foram utilizados para discursos, feitos pela mesma, que segundo seus conterrâneos nunca foi reconhecida como poeta popular, apenas beneficiou os políticos de épocas anteriores. È importante registrar o seu nome pela sua criatividade. Num momento de entrevista ( Nelcimá – 12/07), Clarice recita um poema intitulado “O pai da Criação”. Seus versos fluem no instante em que ela vai sendo entrevistada e com grande desvelo compõe um poema de 10 estrofes;
Francisquinha Medeiros – autora de diversos poemas, todos manuscritos.
Foi descoberta em minha pesquisa sobre as cordelistas paraibanas. Conseguiu recentemente publicar um de seus cordéis que, consequentemente, abriu caminhos para tantos outros.
Como também sou dessa amada cidade, devo incluir aqui o meu nome: Nelcimá

































2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Se há alguma coisa que todos os Santaluzienses devem ter orgulho é de sua cultura, marcada pelas manifestações populares, festas juninas, religiosas, dentre outras. Meu avô, Inácio Bola, sempre manteve viva a cultura da poesia lírica e do repente, e mesmo hoje debilitado pela idade, fica muito feliz quando relembra das antigas canções e poesias.