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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Santa Luzia - padroeira da minha cidade natal



Vou falar de uma virgem
Que muita história deixou
História de vida e fé
De sofrimento e de dor
Conto orgulhosa e atenta
Tudo o que a moça passou.

Luzia foi uma jovem
Que através da humildade
Foi proclamar ao Deus vivo
Vivendo em castidade
Com amor pelos humildes
Praticando a caridade.
Uma cidade paganada.

O mundo inteiro conhece
A história de Luzia
Viveu no sul da Itália
E todo mundo sabia
Do seu exemplo de fé
Do bem que a todos fazia.
...
Ameaçada de estupro
Mas firme na decisão
Queria sempre ser casta
Pra sua santificação
Templo do espírito Santo
Era assim seu coração.

Luzia disse ao juiz:
―Meu Deus não vai me julgar
Se à força oferecer
Incensos para adorar
Aos ídolos, sem vontade
Para os homens agradar.

Foi dando provas de fé
Que a virgem confiou
Numa proteção divina
Ao juiz desafiou
Uma mensagem de Paulo
Pr’aquele homem citou.

O “Tudo posso Naquele
Naquele que fortalece”
Dito pela virgem Luzia
Pr’aquele homem parece
Causou ainda mais ira
O homem quase enlouquece.

O seu nobre pretendente
Que a tudo assistia
Fez uma outra tentativa
Para convencer Luzia
Dava outra oportunidade
Casar com ela queria.

Fez-lhe muitos elogios
Falou da convicção,
Enalteceu sua beleza,
E de anjo a sua feição,
Do seu olhar a pureza,
De fiel o coração.

A legenda popular
Narra a sua decisão
De arrancar os seus olhos
Pra oferecer ao então,
Jovem fidalgo e ao mundo
Causando admiração.

Contam ainda de outros olhos
Que em Luzia surgiram
Mais perfeitos e radiantes
No seu rosto todos viram
Que era Santa, acreditaram
E isso não omitiram.

A virgem foi resistindo
A investida jogada
Com sua superioridade
Que por Jesus foi lhe dada
Mas piche, azeite e resina
No seu corpo foi jogada.

Fizeram grande fogueira
Do seu corpo padecido
Subiram as labaredas
Mas Luzia, tenho lido,
Saiu ilesa da fúria
Daquele povo perdido.

Demonstrativo de fé
Dessa jovem sofredora
Que quando de olhos fechados
Era uma boa oradora
Chamava sempre por Deus
Da Palavra uma cumpridora.

O juiz com grande raiva
Ao seu soldado ordenou
A morte da virgem Santa
Que na história ficou
Atravessando uma espada
No seu pescoço, a matou.
...

Era 13 de dezembro
Do ano 303
Luzia deixava o mundo
E muita falta ela fez
Deixou como ensinamento
Exemplo de fé, altivez.

Na cidade Siracusa
Seu corpo foi sepultado
E para Constantinopla
Bem depois foi transportado
À Imperatriz Teodora
Esse corpo foi doado.

A virgem de quem eu falo
É a nossa Santa Luzia
Que belo exemplo de fé
Nessa donzela se via
Fazer homenagem a ela
Há muito tempo eu queria.


trechos do poema "O martírio de uma virgem" de minha autoria

1 comentários:

Rosário Pinto disse...

Olá Nelcimá,
Parabéns pelo belo poema para Santa Luzia.
Beijinhos,
Rosário